terça-feira, 5 de outubro de 2010

Incluir .... por quê?

Podemos dizer que a inclusão social plena , é um sonho ainda ameaçado pelo fantasma do preconceito em todos os âmbitos sociais. A inclusão é um desafio que precisa ser encarado, as pessoas são diferentes, apenas porque são diferentes e necessitam de oportunidades diferentes.
A inclusão social se baseia na oferta de oportunidades iguais para todos, defende uma sociedade que deve ser definida pelo principio de que todas as pessoas tem o mesmo valor, a inclusão não é apenas integração, ou seja não é algo parcial, sujeita a avaliações, a inclusão é incondicional. A inclusão mexe no alicerce, nas questões já estabelecidas.
Para Piaget, o ser social de mais alto nível é justamente aquele que consegue relacionara-se com seus semelhantes de forma equilibrada, o ser humano constitui-se enquanto tal na sua relação com o outro.
Reformar o conceito de Educação é a proposta atual, e a principal contribuição é construir uma ponte entre o mundo real, isto é, as transformações da sociedade moderna e a escola , nesse mesmo patamar se faz necessário entender a inclusão e todo esse processo.
Entender os instrumentos que auxiliam nas ações concretas, segundo Vygotsky o ser humano constitui seu pensamento enquanto ser humano através de sua relação com o outro, as formas de comportamento de um indivíduo são fornecidas pela cultura num processo em que as atividades externas e as funções interpessoais transformam-se em atividades internas, considerando o ponto de vista de Vygotsky, explica-se o sentido verdadeiro da inclusão, o crescimento da competência humana, os mistérios e as diferenças são os fatores que nos diferenciam dos demais seres vivos.
Quando falamos de inclusão não nos referimos apenas aos portadores de necessidades educativas especiais, mas à todo aquele que por um motivo ou outro ficou à margem: o idoso, o negro ou índio, etc.
Incluir é traçar novas metas , que solucionem a desigualdade social e acabem com o preconceito dessa sociedade padronizada e burguesa.
Em âmbito educacional a inclusão é a construção de uma identidade para uma socialização, buscando autonomia e propiciando circunstâncias regulares, sem discriminação, onde deve se privilegiar a vida cotidiana, enquanto cidadão e participante de uma sociedade, levando em conta as competências individuais, essa enfim, seria o real sentido da inclusão, dar significado real, ao que realmente interessa ao mundo da pós modernidade.

Antonia Olimpio


POESIA Professor, você faz a diferença!

Penso que fazer a diferença na Educação é como “Votar”, é tornar possível o único meio de um povo influir diretamente no poder. O professor faz essa diferença quando consegue despertar no seu aluno o interesse para as pequenas coisas que mais tarde o levará a entender a grandeza de outras, tal como a: “Cidadania”.


E são “pequenas” diferenças como: a ação e o pensamento que somam como uma semente plantada numa boa terra para germinar o conhecimento; o cheiro de uma flor que permanece no ar, mesmo que a princípio eu não saiba de que árvore veio.

É encantar-se com os fios do arco-íris que tecem coloridamente o firmamento no término de cada temporal.

Ë , a doçura da vontade de chorar ao ouvir a letra do hino da minha Pátria amada.

Fazer a diferença, também é como estimular os primeiros paladares de alguém, que ainda não distingue: o salgado, o doce, o amargo, o frio, o quente ou gelado!

É perceber, que meu aluno já sabe que as cores da roupa que está usando tem as cores da Bandeira de sua Pátria.

Fazer a diferença, é saber que meu aluno não se sente “estrangeiro” em sua própria sala de aula. E que seu conhecimento vai além das quatro paredes, não por que ele saiba que “Patriazinha” rima com “pobrezinha”, mas sabe também que “Brasil” rima com mãe “gentil”.

Como professor, às vezes pensamos que fazer a diferença está em grandes gestos, “aula show”, mas não é nada disso, o fazer a diferença, se dá durante todo o processo de aprendizagem.

São pequenas ações valorizadas, que ficarão registradas no interior de cada ser, até o fim de seus dias.
Até quando seus cabelos embranquecerem, e por toda a sua jornada nessa terra ele lembrará com saudade desses dias, dessas ações inesquecíveis.

Ai, quem sabe lembrará do poeta e usará a mesma fala: “Oh! Que saudade que tenho da aurora da minha vida. Da minha infância querida que os anos não trazem mais”. ( Casimiro de Abreu – Meus oito anos).
Fui aluna, sou aluna e sei como o professor faz a diferença!

Lembro-me com carinho de todos os professores que fizeram a diferença em minha vida e contribuíram para que eu me tornasse o que sou hoje, PROFESSOR e busque também: FAZER A DIFERENÇA!!



Tonhão/ 2010


Escola: Constantino José Vieira

Bairro: Adalberto Simão Nader

Professora: Antonia Olimpio

Turno: Matutino

Sala de Recurso ( RC)