sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O Diretor da EMEF Constantino José Vieira se qualificando em busca de novos conhecimentos.

O Diretor da EMEF Constantino José Vieira, construindo conhecimentos para o cotidiano educacional através da Formação Continuada direcionada pela UFES, do curso de Pós Graduação em Gestão Escolar.

O GESTOR EDUCACIONAL

Eduardo Fernando Miranda.
A expressão gestor educacional é usada em todos os níveis. Entretanto, é mais usada no âmbito escolar, designando as atribuições do diretor. Sendo assim, o diretor educacional ou gestor educacional é profissional que responde por uma área ou setor da escola no âmbito administrativo e no pedagógico, e que tem função típica de direcionar e coordenar as ações desenvolvidas em seu contexto.

Para dirigir e coordenar, o gestor necessita de esforços coletivos. Contudo, deve colocar em prática de forma integral e articulada todos os elementos do processo organizacional (planejamento, organização, execução, avaliação, transparência e democracia), orientando-se pela ação reflexiva.

Percebe-se que, no exercício de sua profissão o gestor tem que ter autoridade, responsabilidade, decisão, disciplina, atitude e flexibilidade. O trabalho do gestor tem característica interativa, ou seja, a serviço das pessoas e da organização e das leis educacionais, simultaneamente, e de forma recíproca. Para a realização de novas e profundas mudanças no âmbito escolar, pois o dirigente é o principal responsável pela a instituição, e o condutor do fazer pedagógico em consonância com a sinergia de Equipe.

Nota-se que o diretor de escola exerce uma função bastante complexa, em que se pode distinguir pelo menos três aspectos: O diretor como autoridade escolar, como educador e como administrador. Nesse sentido, sabe-se que o diretor, antes de tudo, é um educador, pois ele participa das atividades-fins da escola sob sua direção.

Nesse sentido, Dias coloca que a administração não é um processo desligado da atividade educacional, mas, ao contrário acha-se inexplicavelmente envolvidos nela,de tal forma que o diretor precisa estar sempre atento às conseqüências educativas de suas decisões e atos (DIAS in MENESES et al, 1998, p. 274).

Como autoridade escolar ele é o responsável por tudo o que acontece no contexto escolar e personifica a instituição que representa. Finalmente, como administrador compete ao diretor assumir a liderança para que a escola alcance seus objetivos; o planejamento, a organização e a coordenação dos trabalhos, a avaliação de resultados são partes implícitas do processo administrativo.

Segundo Libâneo (2004, p. 17), as funções do diretor são predominantemente, gestoras e administrativas. Portanto, têm conotação pedagógica no que se refere à instituição ia projetos educativos. As escolas vêm sofrendo grandes mudanças e com algumas resistências, mas com a exigência da sociedade atual e o sonho de transformação, a quebra de paradigmas é a grande mola propulsora para uma sociedade em constante evolução. Nesse sentido Vieira coloca que:

Facilitar sua introdução no sistema escolar o que exigirá uma cultura em constante processo de auto-organização, um estado de experimentação, pesquisa e análise de novos processos e ao mesmo tempo A postura crítica na adoção de novas perspectivas deve somar-se novas formas de a consolidação via resolução consistente de problemas encontrados no dia-dia (VIEIRA, 2003, p. 49).



Percebe-se que compreender os fatos ocorridos no dia-dia evidencia que o gestor está atento às novas realidades sociais revendo seus conceitos, ideais que norteiam seu trabalho, redirecionando sua pratica para uma ação mais efetiva.

São muitas as dificuldades que o gestor tem que enfrentar na sua gerência. Por isso ele não deve trabalhar isoladamente, sendo importante que peça auxilia aos servidores e compartilhem dúvidas para que possam juntos, buscar soluções para os problemas que se lhes apresentam, reformulando sempre que necessário sua prática. Segundo Vieira e algumas das características do novo modelo de escola, o que se espera do gestor é que ele:

  • Promova mudanças estruturas-flexibilidade;
  • Utilize os diferentes espaços de informação;
  • Faça parceria com outras instituições;
  • Incorpore a tecnologia na aprendizagem;
  • Viabilize a participação dos alunos de forma responsável;
  • Estimule aprendizagem ativa e a participação em projetos;
  • Favoreça a participação da comunidade na escola, formação do conselho de escola;
  • Propicie o desenvolvimento profissional dos professores e administrador;
  • Abra a escola para o meio externo, extraindo do social os elementos necessários ao processo de mudança e renovação da instituição.
  • Assuma com responsabilidade os resultados do pedagógico pondo em execução o Projeto Político Pedagógico da escola, elaborado com a comunidade escolar (VIEIRA, 1994, p. 35-36).

Observa-se que, diante de todas essas exigências e modificação no ambiente escolar e no ambiente externo da escola, surge à demanda por um perfil de gestor escolar que, segundo Libâneo, possam desempenhar de forma satisfatória tantas e tais atribuições e responsabilidades. Assim, é necessário que o gestor apresente muito das seguintes características:


  • Capacidade de trabalhar em equipe;
  • Capacidade de gerenciar um ambiente cada vez mais complexo;
  • Criação de novas significações em um ambiente cada vez mais complexo;
  • Capacidade de abstração;
  • Manejo de tecnologias emergentes;
  • Visão de longo prazo;
  • Disposição para assumir responsabilidade pelos resultados;
  • Capacidade de comunicação (saber expressar-se e saber escutar);
  • Improvisação (criatividade);
  • Disposição para fundamentar teoricamente suas decisões;
  • Comprometimento com a emancipação e a autonomia intelectual dos funcionários;
  • Atuação em função de objetivos;
  • Visão pluralista das situações;
  • Disposição para cristalizar suas intenções (honestidade e credibilidade);
  • Conscientizações das oportunidades e limitações (LIBÂNEO, 2001, apud VIEIRA, 1994, p.49-50).


Os pontos citados acima são de grande importância para que o gestor consiga sucesso na prática de ações no ambiente de seu trabalho, sempre complexo e demandante de contínuo aprimoramento.

Algo que também não se pode deixar de lembrar é que, para viabilização de mudanças organizacional e institucional, o gestor esbarra na rigidez e limites estabelecidos pela máquina burocrática do sistema de ensino que acaba por limitar suas ações.

Num mundo onde temos que conviver com mudanças constantes nas áreas sociais, políticas e econômicas, o objetivo a ser atingido pelo gestor é a capacidade para lidar com incertezas, substituindo a rigidez de forma a entender a demandas dinâmicas que se diversificam em qualidade e quantidade (FERREIRA, 1998, p.39).


Partindo desses pressupostos, o papel do gestor educacional da EMEF Constantino José Vieira é acompanhar todas essas mudanças e tentar ampliar de forma conjunta a capacidade de realização da organização escolar levando-a a atingir seu potencial máximo.


Referências

FERREIRA, Naura Syria Carapelo(org). Gestão democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios São Paulo: Cortez, 1998.


LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Ver e ampl. Goiânia: Alternativa, 2004.


VIEIRA, Alexandre Thomaz et al. Gestão educativa e tecnologia. São Paulo: Avvercamp, 2003.

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